O Grupo formou-se em 1995, na Escola de Arte Dramática da USP, com a finalidade de produzir o espetáculo “Endecha das Três Irmãs”, baseado na obra de Adélia Prado e dirigido por Vânia Terra. Este projeto foi vencedor da Jornada SESC de Teatro de 95 e cumpriu temporada em 96 no Centro Cultural São Paulo, marcando o início de uma identidade artística e estrutural do grupo.
A segunda produção foi o espetáculo infantil “Poemas para Brincar” de José Paulo Paes, com direção do grupo e orientação de Eduardo Amos. O universo da poesia permanece, desta vez, aliado à linguagem dos bonecos. Este espetáculo ainda é apresentado e, em janeiro de 1999, integrou o Projeto Móvel de Cultura e Meio Ambiente da Comunidade Solidária, percorrendo o interior de Pernambuco e Alagoas. Esse trabalho consolidou o grupo e foi agraciado com os seguintes prêmios: MAMBEMBE 96 – Grupo.APCA 96 – Texto PRÊMIO COCA-COLA 96 – Música e Categoria Especial/Teatro de Animação.
Em 1998 o grupo realizou no Centro Cultural São Paulo seu terceiro trabalho, o espetáculo “Sonhos de Einstein”, baseado no livro homônimo de Alan Lightman, com direção e adaptação de Isabel Setti.
Nesses 23 anos de existência o grupo criou um livro, uma sede móvel: o Circular Teatro, um ônibus que se transforma em um palco itinerante e uma lista repleta de espetáculos.
Em 1999, dando continuidade à pesquisa da poesia no teatro, o grupo realizou o espetáculo “Itinerário de Pasárgada” baseado na obra de Manuel Bandeira, com direção e adaptação de Regina Galdino. Esse espetáculo foi apresentado em 20 cidades do interior de São Paulo dentro do evento do SESC “Coração dos Outros – Saravá Mário de Andrade!” em abril/maio de 99 e cumpriu duas temporadas na cidade de São Paulo.
Em 2000, retornando ao universo do teatro de animação, foi realizado o espetáculo infantil “O Vôo”, uma produção conjunta com a Cia A Cidade Muda – núcleo Teatro de Brinquedo, com direção de Cláudio Saltini e texto de Regina Galdino. “O Vôo”, baseado na história de Charles Lindberg. Este espetáculo foi indicado na categoria especial Teatro de Animação do Prêmio Pananco de 2000.
Neste mesmo ano, a convite da TV Cultura, foi realizado com o grupo o especial A Um Passo do Pássaro, sobre a vida e obra de Orides Fontele.
Em 2001 o grupo realiza o espetáculo “O Vôo II – A grande corrida das máquinas voadoras”, com direção de Eduardo Amos, texto de Regina Galdino e concepção e produção de Cláudio Saltini. Este espetáculo recebeu o Prêmio APCA de 2001- Melhor espetáculo de bonecos. Ainda em 2001 participou do projeto Jovem Protagonista da Secretária Estadual da Educação, viajando pelo interior de São Paulo.
Em 2002 a nova produção do grupo foi o espetáculo “Tem Francesa no Morro”, com direção e texto de Kleber Montanheiro. Este espetáculo é um musical brasileiro que homenageia as grandes vedetes e artistas do Teatro de Revista nacional. Estreou em setembro de 2001 no interior de São Paulo e cumpriu temporada em 2002 no Centro Cultural São Paulo. Viajou também pelo interior do Estado no projeto Mosaico Teatral do SESCOOP.
Em 2002 o grupo cria a intervenção Canto a Canto, que são poesias e música feitas para uma pessoa apenas. Ao final da poesia um origami é oferecido ao espectador. Apresentamos essa intervenção cênica até hoje, em em vários locais, na cidade de São Paulo e em todo o Brasil.
Em 2003 o grupo se dedicou ao projeto Circular-Teatro, que percorreu, em um ônibus-teatro, as cinco regiões da cidade de São Paulo apresentando todo seu repertório adaptado ao ônibus, em um total de aproximadamente cento e vinte apresentações, em mais de cinquenta lugares diferentes. Este projeto foi patrocinado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
Em 2004 o grupo ganha novamente o patrocínio da Lei de Fomento para o teatro da cidade de São Paulo dando continuidade a este projeto e realiza o espetáculo “Nas Rodas do Coração”, concebido para as necessidades específicas do ônibus-teatro e para a linguagem de rua. Inspirado nas músicas de Adoniran Barbosa, com texto de Regina Galdino e direção de Ednaldo Freire, este espetáculo é uma comédia musical melodramática que utiliza a estrutura popular do Circo Teatro para contar histórias que se passam nos bairros de São Paulo.
Em 2005, através da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo o grupo realizou um estudo sobre a obra Nelson Rodrigues, com orientação de Cibele Forjaz e Regina Galdino e sobre a obra de Shakespeare com orientação de Cristiane Paoli-Quito e Marco Antônio Rodrigues.
Desse processo de pesquisa nasce em 2006 o espetáculo “Noite de Reis” de Shakespeare, com direção de Marco Antônio Rodrigues. Este trabalho também foi concebido especialmente para o Circular Teatro e circulou por ruas, praças e parques da cidade em 2007 e 2008.
Também em 2006 a cia As Graças estreou o espetáculo “Clarices” com textos de Clarice Lispector e direção de Vivien Buckup, que foi contemplado com o Prêmio Funarte Mirian Muniz e cumpriu temporada no Centro Cultural São Paulo e em 2007 no Teatro Capobianco e no Teatro Ágora.
Em 2008 estreou o espetáculo infantil “ Tem, mas acabou!” com direção de Cris Lozano. O espetáculo cumpriu a primeira temporada no Sesc Pompéia, realizou temporadas nos Sescs Santana, Consolação, Santo André, Ipiranga e Belenzinho. Teve duas indicações ao Prêmio Femsa: Melhor espetáculo e Categoria Especial.
Em setembro de 2009 estreou o espetáculo de rua “Como Saber?!” com roteiro e direção de Léris Colombaioni, especialmente concebido para o ônibus teatro com linguagem circense. Este espetáculo foi contemplado pelo PROAC.
Em 2013 estreou “Marias da Luz” com dramaturgia de Daniela Schitini e Nereu Afonso da Silva e com direção de André Carreira. Este espetáculo, concebido especialmente a partir de depoimentos recolhidos no parque da luz, estreou em São Paulo e viajou por 12 capitais brasileiras em sua primeira temporada. Esse espetáculo fez parte do projeto “As Graças – Circular Teatro: do Parque da Luz para o Brasil”, que foi contemplado pelo Programa Petrobras Cultural – Pesquisa e Manutenção de Grupo. Também foi vencedor do prêmio Cooperativa Paulista de Teatro 2013 na categoria “Melhor Espetáculo em espaço não convencional” . Com o volume de espetáculos do grupo, o aumento da complexidade administrativa, a progressiva aquisição de equipamento, cenário, figurino, aluguel de galpão para guardar o acervo da companhia e aluguel de garagem para guardar o ônibus, tornou-se necessário a abertura de uma empresa que suprisse as necessidades administrativas do grupo. Criamos então, em 06 de junho de 2011 a empresa Cia. Teatral As Graças serviços Artísticos LTDA – ME, com o CNPJ: 13.524.524/0001-23.
Em 2013 o grupo ganha o edital PROAC para montar seu mais novo infantil “Bessarábia, uma feira de histórias”, com dramaturgia de Juliana Gontijo e o grupo, e direção de David Taiyu. Esse foi o primeiro espetáculo produzido pela através da empresa As Graças. Esse espetáculo foi indicado para três categorias do Prêmio de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem de 2014 e vencedor na Categoria Especial pela sensibilidade e talento na restauração e manipulação de bonecos artesanais do século XIX.
Em 2018 o grupo estreou seu mais novo espetáculo “Quem Vem de Longe, com texto de Nereu Afonso e direção de Cristiane Paoli Quito.